
Matriz curricular do curso de Publicidade e Propaganda
Conheça tudo sobre a matriz de Publicidade e Propaganda, as áreas que o aluno pode atuar e os conteúdos e disciplinas do curso.
Por – Maiana Lopes, professora de Publicidade e Propaganda e Sistemas de Informação da Fasam.
Quando a internet chegou, pensávamos que estaríamos vivendo o futuro. Tanta troca de informação e conexão parecia coisa de filme, não é? Pois é, parecia. A chegada foi só o começo. A internet se expandiu de uma forma inimaginável e de uma velocidade, também, assustadora.
A expansão da internet está além de sua disseminação, pois ela saiu dos computadores hoje está presente também em diversos outros equipamentos. Quando falamos que a internet está em outros equipamentos, certamente de imediato vem em nossa mente o smartphone e a televisão. Mas na verdade, a rede invadiu tudo quanto é coisa. Ela está na geladeira, na cafeteira, caixas de som, estacionamento, monitoramento de condomínios, no carro, no ônibus.
O nome dessa difusão da internet é chamada de IoT: Internet of things – em português – Internet das Coisas. Especialistas apontam que a internet das coisas deve gerar uma verdadeira revolução tecnológica que terá impacto sobre todo o trabalho de marketing.
Antes de falarmos um pouco sobre como a IoT pode mudar e potencializar a publicidade, precisamos primeiro entender o que ela é.
A Internet das Coisas, por mais que seja quase que um nome autoexplicativo, se refere a uma conexão “máquina com máquina“. Uma rede de objetos “comuns” conectados via internet. Imagine só: ônibus, cancelas de supermercado, postes das ruas, fechaduras digitais, balanças, enfim, todo o tipo de coisa, conectados. E todas essas coisas transmitindo, coletando e trocando dados entre si.
Parece futurista demais? Isso é o nosso presente e já acontece em diversos ambientes e com a chegada da tecnologia 5G, a perspectiva é de um aumento significativo. Quando falamos sobre a internet das coisas em marketing, estamos nos referindo ao poder de captura de dados, oferecido por todas essas “coisas” conectadas. Sabe-se que com ascensão das redes sociais, ocasiou em uma nova forma de falar com o público alvo. Antes, a forma mais segmentada de chegar ao target era por meio da mala-direta. Os outros veículos, por limitações de sua época – ainda que a criatividade desse seu jeito – tinham um pouco mais de dificuldade para trabalhar uma comunicação mais personalizada.
Agora, com as ferramentas que temos à disposição, é possível escolher de forma muito mais exclusiva quando e como o público desejado será impactado pelo anúncio.
Detalhe: só com o uso em massa de aparelhos que já são conectados à internet, como: smartphones, computadores, vídeo games, televisores, etc.
Agora imagine o efeito disso para a marca, para o negócio, para a comunicação como um todo com a IoT ao seu lado. Inúmeras novas possibilidades de interação, de segmentação, de entrega personalizada, de envolvimento. A internet em cada “coisa” que tivermos ao redor. Um futuro bem próximo do nosso presente, onde incontáveis maneiras de saber mais sobre com quem falamos e, com isso, descobrir novas formas de abordagem está por vir. Ou seja, novos formatos de mídia serão criados. A publicidade vai continuar mudando. E tudo indica que não vai parar. Quando a sociedade muda, a forma de fazer comunicação também é modificada.
Vivermos em uma sociedade conectada já perdeu o status de futuro há muito tempo. Na verdade, essa é a nossa realidade há algum tempo. A conexão mudou a sociedade.
Esse cenário abre um novo mundo para o marketing. A comunicação e o relacionamento serão de múltiplas vias. A nova realidade permitirá um conhecimento sem precedentes das preferências individuais de cada ser humano, de suas rotinas, de seus desejos e do seu estilo de vida.
Especificamente, ao falarmos sobre internet das coisas em marketing, estamos nos referindo ao poder de captura de dados, oferecido por todas essas “coisas” conectadas.
O marketing, antes do cenário digital, era mais generalizado e o nível de personalização não ultrapassava os limites de uma pesquisa de mercado. Hoje, por outro lado, tudo o que fazemos pode ser armazenado, no formato de dados, capturado e utilizado na criação de produtos, desenvolvimento de estratégias e métodos de abordagem muito mais assertivos.
Apesar de muito presente na logística, indústria e no uso doméstico, a internet das coisas em marketing tem dado ainda os primeiros passos. A ideia é que, em breve, a comunicação entre a rotina dos clientes e as empresas que eles mais utilizam seja conectada. Essa conexão ocorre transformando as “coisas” em servidores, desta forma, os sensores inteligentes e softwares de transmissão de dados em redes possibilitam a troca de informações, armazenamento de dados e disponibilização.
Por exemplo, com uma geladeira inteligente, o usuário pode inserir sua lista de compras, ela verifica quais itens faltam e realiza o pedido no supermercado cadastrado. Isso tudo digitalmente! Imagine essas informações para o marketing!
O supermercado pode fazer ofertas seguindo o padrão de consumo do cliente, oferecer produtos complementares e contar sobre novas marcas que surgiram no mercado. Percebe o grau de personalização que pode ser oferecido para o cliente, ou grupos segmentados? As expectativas, portanto, é que a conexão gere cada vez mais dados valiosos sobre o perfil de consumo, preferências e necessidades dos consumidores. Essas informações estarão disponíveis para as empresas que, por fim, podem criar contatos mais personalizados. Garantindo, assim, a efetividade das estratégias de marketing, através da segmentação, aumentando o retorno sobre investimentos de propaganda e publicidade e, claro, aumentando a satisfação do consumidor.
A internet das coisas em marketing pode ser extremamente útil digitalmente, com anúncios pagos segmentados, entregas de informações baseadas na geolocalização, preferências e costumes online.
Mas o marketing offline também pode se beneficiar muito com a IoT. Principalmente no desenvolvimento de lançamentos que correspondam às expectativas sinalizadas, planejamento de estratégias e escolhas dos canais de divulgação. Com a popularização da IoT, a expectativa dos usuários é receber contatos ainda mais personalizados. Isso quer dizer que é preciso também focar na captura de dados, utilização de Big Data e análises aprofundadas para fornecer experiências cada vez mais focadas no consumidor.
Isso tudo também não significa que o marketing não-personalizado seja extinto. Afinal, ele é fundamental para aumentar o alcance das marcas, mas, no quesito fidelização, a empresa precisará investir em ferramentas complementares para capturar, armazenar, codificar e analisar dados valiosos e em grande volume.
Com tantas informações disponíveis e com um conteúdo altamente personalizado, a experiência do usuário será a melhor possível se você tiver a melhor estratégia de marketing para acompanhar. Os problemas que o cliente pode enfrentar serão identificados e solucionados em menos tempo e as empresas também terão um custo menor na operação desse atendimento.
A personalização fornecida pela internet das coisas em marketing demandará, portanto, mais especialização no tratamento de dados! Se você gosta de dados e das Ciências Exatas, saiba que há um grande futuro para quem quiser aturar na área da Comunicação!
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Entenda sobre fotografia desde produção, captação e edição de imagens através de 5 dicas de fotografia infalíveis para quem está iniciando.
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